[Verso 1]
O mesmo quadro, a mesma imagem
A mesma vista, a mesma paisagem
As pessoas somem e historias são apagadas
Quanto mais tento entender é quando eu não entendo nada
A morte chegando perto, sinto esse desafeto
Eles me mostram a paz, mas maluco, eu nunca enxergo
Sou um corpo vivendo no abstrato, a loucura vira um fato
Minha mente sucumbida a um pa**ado apagado
Sentimentos congelados, observo o cenário
Não espero que aprovem essa porra, seu otário
E me jogaram aqui e não me ensinaram a sair...
E eu sumi dali e ninguém vai me impedir
Sempre me cobraram um sorriso e nunca deram motivos
Nunca soube o que era o meu lado afetivo
E mesmo correndo o risco de acabar morrendo disso
A loucura me abriga a virar meu compromisso
Só sei que não sei de nada e não tenho interesse em descobrir o que eu não quero
Lamento aos mortos vivos que ainda aqui residem, não existe diferença entre o céu e o inferno
Pa**os curtos, rasos, corpo cansado
Fraco, um ser vago, e comparado com o próprio diabo
Mente dizendo que nunca mente, se escondendo da sua mente
Inerente se tornando indiferente
E eu sei perfeitamente que eu me tornei ausente
Na fissura e na vontade de evitar muita gente
Inocente? não, pa**o bem longe e ninguém se enquadra
Somos todos parte dessa mesma praga e aqui do mundo ninguém leva nada