[Verso 1] Desceu no terreiro e veio falar comigo Um guia sobre o arquétipo de um preto antigo Disse calma “misi fio” que as coisas vão melhorar “suncê” tem que tá preparado pra pressão tu aguentar Por que as crises vem e vão, mas nunca em vão Existe um vão, entre sua razão, e a compreensão De por que as pedras rolarão pelo caminho “suncê” nunca ta sozinho, “suncê” tem que aprender A não se abater Por que seus irmãos de luta tão lá fora esperando por você A dor é implacável mas ensina que é do veneno que se extrai a vacina e “misi fio” tira um tempo e medita Bota fé naquilo que tu acredita Sai de lá e pude me tranquilizar Tomei um pa**e e fui para casa pronto para continuar [Refrão] Andar com fé eu vou Naquilo que sou, que é O que você é, ubuntu Eu sou por que nos somos e na crise amo junto [Verso 2] Por que o bagulho é loco nego, o dia chego, cê nunca arrego
Cê sempre aguento, sua responsa então levanta e vai para luta Fé é a resposta da pergunta Do que faz os fortes superarem suas barreiras ocultas Eu sei que a**usta, o que o futuro pode ser Mas o futuro é apenas algo que ainda tá para acontecer E se ainda não rolou, mano vive o presente Por que essa vida é fugaz ó, pa**a e a gente nem sente Ansiedade ma**acra a gente Que sonha com um amanhã bem diferente, com liberdade Sonha em ocupar a cidade, sem ser um pombo Chega de comer migalhas, partiu quilombo Dos que não aceitam submissão, não Larguem suas correntes na senzala e partam para missão, vão Liberta seus irmãozinhos que não tiveram a sorte Que oxalá no livre do medo da morte [Refrão] Andar com fé eu vou Naquilo que sou, que é O que você é, ubuntu Eu sou por que nos somos e na crise amo junto