[Verso 1: Bill]
Nunca se isole
Nunca se isole na mente
Já faz algum tempo que eu penso por mim
Que eu penso no fim, a**im vim
Refém da minha mente num jogo de cartas
Pelas próprias lentes regadas de mágoa
É foda chapa... Quando vi to chapa...
Essa porra não bate, me embate de frente
Me deixa descrente, perdendo minhas cartas calmas
Já se foi um pedaço da alma
Quando eu vi só me deixou os traumas
Dessa vida cabulosa, parte da prosa
Impede minha volta e vê que não embaça
É um beck e um vinho na taça
Disfarça mas, não ameaça mais
Hoje em dia parte a lorota, vai
Só me impede a paz
E tudo abaixo do ego, desprezo
Sem rumo pra tomar de melodia, é sincero
Não me encaixo nessa linha nada divina
Isso pouco me alucina, mais que pouco me ensina
É foda pra quem é sério
Minha mente virou o mistério
Me falaram pra trocar, pra de tudo se vingar
Que minha paz nunca vai tá no verdadeiro lar
Mas eu tava pensando, mano
Quantas revoltas precisamos pra se auto afirmar
De poucos devaneios só pra se subestimar
Isso não vai acabar, tão cedo pra rimar
Nessa vida inteira que não dá pra acostumar
Então me acalma ao nada, a viagem foi vaga parça
Quem sabe um dia tudo isso pa**a
[Ponte 1: $ampa]
Bad bate, noite cai, olhando a lua cheia
Enquanto eu viajo nos meus desejos, tem bico na espreita
Absorvo mudo os silêncios do mundo
Que parece que só eu escuto, respiro fundo
Só a paz eu busco...
[Verso 2: Rodriguez 03]
São tragos e dores, caros amores
Que me alucinam horrores pra cá e eu
Trato meus podres, trago-te flores
Pois te amenizam e me fazem lembrar que
Que eu nunca quis e não quero tá lá
Que a vida é pouca, de sentido de oca
E que a mente tá muito mais louca pra cá
Mas cê pode pa, mina vem cá
Olha no meu olho e me faz prometer:
Por mais que eu perca e me perca na vida
E que a vida me perca eu não perco você, vai
Hoje tá foda e amanhã também vai ser
Será que eu sou louco?
Ou ser loco é ser só diferente?
Busquei meu lugar em corpos, em bar
Em trocos, venenos, biqueiras e lá
Fui me perguntar, porque é que será
Que eu vejo isso tudo de outra maneira?
E eu puto com tudo me oculto nas beiras
Te escuto, mas mudo, de luto, cabreiro
São furtos meus surtos, ocultos, no espelho
E eu luto e apuro meus olhos vermelhos
Sepa que eu me lembro bem
Já faz um tempo, quem
Perde o momento e com tudo que tem
Poucos que veem, loucos, porém
Me vejo além nós já tamo em dezembro
E é desde janeiro que eu já não to bem
[Ponte 2: $ampa]
Mais uma noite densa, e a noite não pa**a
Puxo a fumaça e meus tragos de morte
Me deixam mais sóbrio na madrugada
Pensa na treta mano, pensa no moio mano
Por isso eu fecho meu olho e me vejo no jogo
Umas mil coisas que me pa**am na cabeça
Cê acha que é fácil ganhar recompensa
Pensa, densa, prensa, tenta
Que mente fraca num aguenta
Brigo com a mente que cega, confunde, tá certa ou ilude?
Me sinto mais personagem no show de Truman...