[Verso 1: Duguettu]
Siga em frente
Arrebenta a corrente
Essa selva é da gente
Tu sabe bem que nossa história se mantém de pé
Narrativas, safras raras com versos de fé
O que nos fez diferente, nos tornou perigoso
O sangue corre na veia, eu sou “Zé do Caroço”
Nossa arte ancestral nunca foi somente um esboço
A gente afina o surdo sempre no calor do fogo
Joelho dobra fazendo reverência ao moço
O toque do tambor vai te dizer quem é o colosso
Ergam as cabeças e saibam bem onde cês vão parar
Bagulho é doido agora a gente chegou pra ficar
A pista é nossa tão ligados que a gente brotou
Idéia reta vai na mente aqui não tem caô
Asfalto em brasa, todo mundo agora já entendeu
O gueto é louco
O gueto é louco
Agora que chegou "fudeu"
Quero ver qual vai ser
Quero "verlinencarrar"
Já tão na atividade que o bicho vai pegar
Vai pegar...Tá pegando...Vai pegar
[Refrão: Dughettu]
DUGHETTU (4x)
[Verso 2: Dughettu]
A virada já começou
De dentro pra fora que vem o querer
Todo mundo tem uma missão
Descubra a sua comece a correr
Impérios estão ruindo, poder mudando de mão
Partiu vamos pra cima, ampliar pa**ar a visão
Falta pouco pra tu chegar
Pega o pente pode mirar
É o momento de avançar
Não é hora de se entregar
Não conseguem nos entender
Não vai dar mais pra nos conter
Pra você ser, tu tem que ser
Pra você ser, tu tem que ser
Aqui começou, aqui terminou
Mas nossa missão ainda não acabou
Vamos retomar, vamos ocupar
Fincar a bandeira e a sigla firmar
Soltem a voz, vamos todas gritar
Soltem essa voz, vamos todos dizer
Que o gueto tá de pé!
O gueto tá de pé!
Malandro fica em pé
Eu digo mano fica em pé
A rua fica em pé
Favela fica em pé
Minha área tá de pé
E vagabundo tá de pé
[Refrão: Dughettu]
DUGHETTU (4x)
(E você vai chapar, você não vai acreditar
Tu vai bater de frente, de novo, de novo, de novo)
[Verso 3: Sahell]
“MOUS” levanta e anda "sobrin"
Aqui tu não tá "sozin"
Atabaque tocou o canto dos “menózin”
Sonho do poeta, morador de favela
Que vai bater de frente pra ver o que te espera
Hora da mesa farta no bang, jogo na blunt
Reverbero no estéreo luminosos de traçante
Pureza do gueto, luxo do diamante
Seu olhar para preto sempre desinteressante
Avante na guerra! Favela tá de pé
Se envolve no stop
É só manter a fé, a**im que é
Visão de águia fiel
Cada bandido do céu cumprindo o seu papel
Menestrel, acredito a cada dia na oração “das tia”
Nos malotes destinados para resgatar famílias
Hip hop como força, arte e sabedoria
O gueto tá de pé, mas quem diria?!