Treze anos enclausurados em pueris esperanças
Num convívio diário com sonhos
Transformados em laços confusos de martírio e fé
O destino sombrio - uma vida fútil: destrutiva
Carapuça soterrada: mentira
Um sopro de resgate em tempos de cólera
Um despertar doloroso numa alma esquecida pelo tempo
A tentativa louvável da cura, para um câncer mais amargo que o respirar
A desgraça se mistura ao sonho, o medo incorpora o ser
Revela-se uma década mais tarde
A felicidade por anos domada pelo destino
Que agora sopra vida lúcida, branca
Sob os olhares de uma íris azul
De risos plenos e um futuro de sonhos
A carne planeja a vida plena e feliz
Débil mente atuou novamente
Desgraça vivida
Sombras entrelaçadas
Amargo, retorno ao ser
Afunde em pensamentos fúnebres
Engula o orgulho destrutivo
Frustre a tentativa
Enxergue o gozo: não há
O medo incorpora o ser!