Três patetas céticos
Altercam monólogos míopes.
Confabulam virtudes abjetas.
O seio deficiente da carne.
Três patetas sádicos
Versejam avareza ingênua.
Acusam o prazer cínico da culpa,
Coagulando afeto aos miseráveis.
Entre estes, a servidão da palavra.
O recato do suicida.
Nenhuma decência reservada à bílis.
Apenas à remissão do covarde.
E onde o cego acolhe o tolo,
Cuja sede devora Orfeu,
Restaram três patetas mendicantes,
Solfejando meias verdades.