[Verse 1] Eu era o Don de Ipanema e Leblon Mas eu fui. Saí Nego odiando, criticando, bando de Açaí. Agora eu sou mais fake que um travesti Mas não sou eu que pesca na praia, então foda-se! Saí da Globo sem cheque; nasceu o Reverendo Fiz roque e fugi do bispo; nem tudo é dividendo Essa trilha eu já desbravei mais que um Bandeirante Competição? Alejei; tudo cadeirante Abdiquei da coroa, tava vivendo a toa Viver sem um desafio faz mal pra minha pessoa Assim que surgiu o rap, andando de skate Segunda infância é o caralho! Chuto seu dente de leite! Meu goal é ser verdadeiro e só expressar o que penso Sem medo do inconsciente; vazio é o novo denso Foda-se se vão me julgar To vacinado pra pergunta idiota tipo "Quem é sua influência?" Nenhuma. Hip Hop no Brasil ainda tá na adolescência Não tem pai, padrinho... no máximo Big Brother Afasta o pensamento... Minha cabeça é marginal em dia de engavetamento. (Ordem!) [Verse 2] Eu vim pra Pio XI, pra buscar a Felicidade
Já pa**ou das 6, 16 graus de umidade Me falta humildade? Desde pequeno trabalhando; Aula de mediocridade acabei cabulando Assim que eu toco: Da vida só espero a morte Não conto com fama, não conto com grana, evito a cama; não conto com sorte Minha igreja vai ruir, mas o Rev. é imortal Meio Coelho, meio Lobo; 100% animal Mas racional. Tem guerra no meu lobo frontal: De um lado um diabo lindo do outro um anjo do mal Espelho da praça pacata nenhum pouco Filisteu Clareza para um autista, paraíso prum ateu E se fudeu, quem apostou que aquele era meu fim: Eu justifico os meus meios transformando em estopim Me chamam de Hiroshima - pele de serpente rima Com reincidente artista fazendo sua obra prima Eu gosto de me ver como discípulo do "Filho de Deus" Mas toda minha geração é prima do "Filho do Satã" Até tatuei minha igreja, acabei o Violino e agora vou começar Leviatã Na Pio XI. Contradição na batida e fraseado Meu tapete de boas vindas; fim: aqui começa o meu Legado