A gente vive ou sobrevive
Não sei dizer
Escravos da rotina nós vivemos pra morrer
Lutando a cada dia muitos vivem por viver
A cidade não para pq o dinheiro não para
Mas o bagulho fica doido quando o salário atrasa
Aí que fica embaçado manter a calma
Nem precisa esperar crescer
Pra poder entender
Que a vida é injusta mas não pode esmorecer
Olho pela janela a molecada na rua brincando
Fico pensando nos dias q eu nem tava me importando
A conta do próximo mês
Salário atrasado outra vez
Minha mulher que não dorme por causa da grana que a gente não tem
Me sinto na desvantagem
Orando a Deus pra que seja uma fase
O dia de amanhã quem é que sabe
Seja como for que minha fé segure o baque
Se eu acredita**e em sorte, realmente queria que ela muda**e
O que que eu faço aqui
A gente vive ou sobrevive?
Todo mundo sufocado
Mas quem é que quer ser livre?
Mudar enfrentar o medo
Abrir as asas e poder voar
É só uma vida pra tentar
Me faz falta o citalopram
Me ajudava pela manhã
Medicina necessária pra manter minha mente sã
Tenho um bebê a bordo então não posso mais brincar
Furar o seu pescoço se você me deve, nem pensar
Então mantenho o semblante sereno na medida do possível
Mesmo que na mente o sentimento seja horrível
Por que a gente se apunhala tanto
Por que a gente se mata tanto
Por que tudo que a gente sabe é ficar se odiando
Realmente espero que exista algo além
Que toda essa porra não seja puro acaso amém
Que a vitória seja concreta
Minha esperança esteja correta
Que valha a pena eu não meter os cano nessa merda
Nada disso é teste
É uma guerra já falei
Uma batalha atrás da outra
E uma pá de vez errei
E no fim dessa jornada espero te dizer
Se sobrevivi miseravelmente ou vivi plenamente
O que que eu faço aqui
A gente vive ou sobrevive?
Todo mundo sufocado
Mas quem é que quer ser livre?
Mudar enfrentar o medo
Abrir as asas e poder voar
É só uma vida pra tentar
Bang bang, mais um corpo que cai
Pelo karma violento esse aí não volta mais
Paz é só uma palavra ela nunca existiu
Violência nos persegue existências por um fio
Tudo pode acontecer matar ou morrer
Pode ser nóia ou polícia mano não dá pra escolher
É difícil de dizer mas somos nós por nós mesmos
Vivendo na matrix
Quais escolhas que nós temos?
Olho por olho dente por dente
Guerra entre nós o povo dormente
Vivendo do jeito que pode à mercê
Do que vem pela frente
Programados pra fazer exatamente o que eles querem
Seguindo como zumbis com certeza a gente esquece
Que a vida é mais que isso
Não tem ninguém falando disso
Tudo é oba oba tamo em festa aqui no lixo
Se pá não sou normal alguém me prende no hospício
A gente vive ou sobrevive minha dúvida persiste