[Verso 1]
Pelo bem, não moldo cegos
Como quer o eu-personagem, eu prol do ego
Afirmando a decência, corta a vaidade
Dali tirar o da reta importa mais que a verdade
Obcecado reflito, cercado pelo pecado e conflito
Imperfeição pesando, busco o voo
Enquanto subo ciente das turbulências e evito
Filtro se é câncer ou cura, as influências que permito
Insisto, mesmo quando não pa**o nas provas
Não equivale a sentir a eternidade a um pa**o da cova
Mas o filho olha o pardal, o pa**arinho alerta
Pra rota carnal o caminho aperta
Nesses trechos, ao ver as armadilhas cambo antes
Renúncia a ser um a mais entre ilhas ambulantes
Eis me aqui, Pai, me beija me aceite
Se for pra viver de resto, que seja de azeite
Tormento ou vida?
[Refrão]
Não atire, apenas mire pra ir
Evoluir e ascender ou regredir e cair
Tormento ou vida?
Não atire, apenas mire pra ir
Evoluir e ascender ou regredir e cair
[Verso 2]
A caminho da origem, o mandamento, e se
Querer morder o próprio rabo é o esquecimento de si
Peregrino ou estranho no ninho, toca e casa?
Sem telhas e donos
Anula a tentativa de ver a centelha que somos
Esses vícios são precipícios entre inferno e céu
Trava o veículo do espírito
Que que enxarca a vidraça?
É a chuva de pedras, refratória
Eu sei o quanto dói, mas viva pra ver se pa**a
E qualquer um que respira tá sujeito
Então vê bem onde nós faz casa pro peito
Do ventre à vida, não é que o ventre limita o trato
A consciência sempre visita os fatos
Minha alma abomina esse jogo chato
Que é gasolina no fogo fátuo
Perdão, vai soar xucro
Eu não sou a favor do circuito que endeusa o lucro
Então eu pedi demissão e cedi permissão
A eu não ser ilha enquanto a inércia conserva a ilusão
Acordar, mano, é um nascimento sem certidão
E não me vieram pedras quando eu pedi pão
Gratidão
[Refrão 2x]
Não atire, apenas mire pra ir
Evoluir e ascender ou regredir e cair
Tormento ou vida?