[Verso 1]
No meio de carro e lixo, barro e asfalto
O homem é bicho
Mulher de salto, vaidade a**ola
Esmola, a gota d'água
Degola a esperança, não vê mudança
Criança chora
Exploram aonde mora a vingança
No agora e sua pouca importância
Não mais problemas, clamam
Os que os amam te chamam de pai, Deus
Preserve os seus da insônia ingrata
Babylon não cai, mata
Vai, sai pra vida ver
Ai! Dói demais
Na guerra a paz ninguém traz a você
É o que você faz, escolhe, planta e colhe
E olhe em si, enxergar não é ver a ti
Achar que tem que ter pra ser, e errou
Berrou, tá errado. Enterrou no próprio pa**ado
No errado o brilho no olhar berra calado
E é minha culpa?! Se ocupa dessa verdade
Desculpa a sinceridade, conforta viver na mentira
Eu tenho dito, não tens escutado
Reféns escoltados, por bens enganados!
Essa minha ira ao Pai pertence
Aquele que vence no final, afinal é o final. Pense:
Quem arquiteta o mal, transforma em inferno astral
Da realidade à ficção, lado oposto em fricção
Gera maldade, irmão, ser do bem
Convicção, no coração inquietação
Comoção sem poder de ação
Não precisamos de mais problemas
Satélites, transmissão da vida em falsa versão
Nossa aversão é o dilema?
Não, problema é roça de aço
Sustenta o fiel do maço, cai no laço antes do bote
E holofote pra serpente e sua genialidade
Secando o pote, é o decreto:
Morte ao nosso mundo
Jardim suspenso pra manter longe da raiz:
Concreto, tio!
Se não viu, vê... Esquecimento
Plantando asfalto, dando vida aos prédios vamos colher vento
Ó, meu Senhor, me dê visão, além do céu cinzento - a pretensão
Além dos fatos, a verdade é um sentimento
E o que você sente?
Pra que você mente?
Pra si
Tá em si o amor, e não vê no mundo
É todo mundo indiferente
Não há plenitude
Assim o fim é rude pra existência
Quero acreditar que ainda há virtude em nossa essência
[Outro]
Não precisamos de mais problemas, não
(4x)