Ele nasceu para ser o melhor Seus pais projetaram o futuro ideal Nada lhes daria mais prazer do que vê-lo crescer bem Mas naquela manhã encontraram um bilhete Com palavras de dor e adeus Daquele menino que agora queria ser alguém É... pois é, meu bem... Castelos de areia derretem quando a onda vem O crente rezou durante toda a sua vida Para ter um sinal do Senhor Dias e dias dizendo a mesma oração: Amém E quando seu peito doeu como luz Ele pensou: Agora vou ver Jesus! Mas a luz se foi e ficou só a dor no seu coração É... pois é meu bem...
Castelos de areia derretem quando a onda vem O cientista descobriu Que o cérebro humano tem mais poder Do que toda a vida na Floresta Amazônica Mas tanta droga ele consumiu Que seu pensamento o diluiu E agora ele chora sua lágrima atômica É... pois é, meu bem... Castelos de areia derretem quando a onda vem Estamos no ano 4 mil Não existe mais calor nem frio Ninguém morre, ninguém fica mais doente Só uma coisa nos tira o sossego É que apesar de sermos eternos O medo é que neste fim sem fim Seremos sugados pelo buraco negro