(Soube Que Eram Dois Os Meu Erros) Atravesso marginais por pontilhões Parece que tudo que penso está no último volume Eu saturo as cores do quadro, sala, casa, bairro, cidade Moro de verdade no sorriso de uma criança Ontem mesmo corri com a esperança pelos quarteirões da minha mente Imune as ilusões de quem não pode mais sonhar Eu devo mesmo estar em quem pedem pra mover peças mais rápido Pa**o a vez, depois simpático troco de tabuleiro Xadrez com capoeira o tempo inteiro Andei com falsos reis no meu pa**ado Agora observo e marco os nomes de cada rei momentâneo num mapa bem ama**ado Jogo! Minha alma tem mais fome do que mágoa Decifro quem se opõe construindo muro só pra derrubar depois Soube que eram dois os meu erros Sessão de terapia com um homem no espelho Ele me deu conselhos, mas lembrei tarde demais Irrito-me com símbolos da mediocridade humana Desprovido de um escudo ando pelo mato, rasgo cimento e asfalto Contudo, falo mais alto que falantes Rap comício, rap no início, rima, batida, vício Geral, diploma, terno, gravata, tênis, festa Dando a mão pra quem não presta Faz de novo, faz errado Fecha a cara e não desce do tamanco Respire! (Desvencilhar) [Verso 1] Larguei do 9 à 5 em 95, nunca mais voltei do jogo Tiro leite sem ser vaca, boi, bezerro Se eu me concentro no erro Perco a hora e um bom dinheiro Disse meu pai: Fica ligeiro Querem que eu me foda, mas eu volto por inteiro Pra dizer: Ainda não entrego E esta base vibra a frente do console Gravando gente que brilha, retorno de Jedi Tenho uma pilha de planos andando solta pelo espaço
Tudo que faço no Pro Tools, Nuendo ou Logic sou eu Jogo toda vez que a rima nasce Nasço na batida toda vez que cauterizo Feridas para molhar-me novamente na razão Planos pra quebrar a ilusão que anda solta pelo meio Finjo ter mais paciência do que tenho todo dia Descobrem quem eu sou, tentam magia Banho de água fria, pé de arruda, roupa branca Quem levanta pra falar que sabe tudo Vira escudo de quem sabe mais (fato) Pedras no caminho e no sapato A alma abraça a mente, o corpo dança O meu relato é quase pura, avança e cresce exponencial O muro é cerebral, bem alto Repleto de arame farpado Entenda bem meu lado nessa piscina vazia Símbolos de luz e a gente dentro Pedindo proteção por mais um dia [Refrão] Desamarrar o nó do peito Me desvencilhar de quem com jeito Quis se enganar, quem pode se achar no jogo da vida um bom sujeito (2X) [Verso 2] Na verdade minha lógica no verso Entorta portas de metal, apaga vela, fura bolos Magus operandi Engulo sonhos, crio impérios Com a caneta e alguns trocados MCs folgados, novos ricos Ou no meio do caminho eu arranco do meu ninho Feito monstro de fumaça, John Locke Meu toque é puro ouro lá de Gana General de Mzuri Sana Filho da dona Bete e seu Toninho Eu nunca estou sozinho quando Deus fala comigo Eu não sou bom vizinho Me disseram que o barulho do que penso quebra vidros Trinca canos e janelas Me enxergo nas panelas, mas eu sou o próprio fogo O jogo quem contou virou casaca Skate anos 80, tomou vaca, pa**ei pra dar risada Então me diga o que não posso pra fazer mais uma vez Nessa digna pa**agem [Refrão]