Olhos em pânico refletem as chamas Que cruzam o céu da avenida De encontro a estrutura de aço e concreto Muitas almas perdidas A música chama atenção da nação Chocando a sociedade No plantão que conta a triste verdade Se chocou o grande pássaro de aço Às custas da imprecisão Não tendo estrutura pra bater as asas Não tire-os do chão Jornais, preto e branco Impressos em cores Números a não se contar 199 A soma do caos Ninguém a se pronunciar Rosas coloridas Em branca cruz de tecido
Provando a impunidade E o descaso com que faz Um simples pedido Quem foi? E você sabe quem é! Quem foi? E depois você sabe como é! O fim da espera, e a certeza da dor A confirmação dos nossos mortos É o fim comprovado na angústia De nossos velórios sem corpos A Babel, civil, militar, babilônia esta formada Controladores sem controles, e uma tragedia anunciada Quem foi? E você sabe quem é! Quem foi o responsável pela dor de tanta gente?