O rancor está agarrado a mim
Um tumor que não para de crescer
E quando parte o olho arde
A mão gelada guardada no bolso
O rancor já não quer se desgrudar
Viciou, o meu corpo quer viver
A raiva verte, o amor se inverte
E a cólera mora em mim
Olha eu aqui descendo a Lins de madrugada
Posso até pensar em ti e não sentir mais nada
E o rancor não quer mais saber de mim
Desbotou feito minha calça lisa
O corpo segue sereno, leve
Me sinto até feliz