Mais de uma década em hibernação...
Brasão que arde como brasa, não se apaga a escrita em defumação
Pandora é o vórtice, o núcleo da minha criação
A caixa que só abre o coração com a chave na mão
A minha alma não caminha na vossa procissão
Olha pra baixo o meu mundo tem as nuvens no chão
Vejo o fogo que reflete na córnea da humanidade
O meu espaço é órbita no perigeu da verdade
Vejo o oráculo nas árvores, a inquietação nas águas
Crianças que sorriem com a tristeza das aves
Vejo a evolução que traz ao colo um mundo doente
Todos nós falhamos muito, o meu filho não mente
Este é o retorno ao prefácio da minha formação
Sou ciclope, 1 só pensamento uma só visão
Atiram flechas de veneno, sou um alvo em movimento
Antropóf*go, não tenho tempo pra parar no tempo
Mais mórbido, Inspector Mórbido o meu arquétipo
Não sou mestre sou discípulo já vim de outro século
Espalho sémen pelo solo fértil...
Poesia não fecunda a alma quando a tua mente é estéril
Trovoadas, tempestades...na neve ou na chuva
Guarda-me pra sempre enquanto a sanidade dura
Escritor de partituras que perduram na história
A mente é o aloquete para a caixa de pandora