[Verso 1: Djavan]
Na hora em que o céu se abre
No mesmo instante um raio explode
Concomitante um olho vê
E a pedra do corisco pode
Pode se tornar o que for
E tudo o quanto é testemunha
Pode até mesmo ser a dor
Cravada à carne pela unha
[Verso 2: Djavan]
Telefax mandei
O mapa mundi do meu penar
Ande, mande logo um telex
Me confirmando quando será
Que a necessidade de amor
Lhe trará num raio
A necessidade de amor
Num dia de chuva
E na tempestade você
Fará com que eu saia
No exato momento de ver
O céu se abrir ao comando de Iansã
[Verso 3]
Que seja o momento em que a luz
Registre meu desejo de ver
Você, meu amor, me traduz
No raio de Iansã, seu poder
Que seja pra mim, meu Xangô
Poder correr correr meu risco
Quiçá ver nascer uma flor
Na lisa pedra do Corisco
[Verso 4]
Telegrafite de Exú
Leia no muro do seu quintal
Pichada, fixada no azul
A frase diz o essencial
A necessidade de amor
Gritando na rua
A necessidade de amor
Uivando pra Lua
Um lobo faminto de amor
A dor que acentua
A necessidade de ver
O céu se abrir ao comando de Iansã