[Verso 1: Fred Sabino]
Luz meio baixa, um trago (Dia tava quente)
A noite a chuva desce (esfria a cena)
A brasa teima (a base queima)
Devo continuar pra dar vazão ao Rap
Inspiração não gosta de me visitar
Ela chega, eu boto ela pra trabalhar
Vou mergulhando dentro do caderno
Dando vida a um novo quadro
To ficando calvo, virei meu alvo
Se sou meu inimigo me refino
Igual açúcar, industrializado
Algumas químicas na mente e já não sou mascavo
E vou adocicando a amargura
O prisioneiro que escreve é livre
Sociedade me tentando a entrar em crise, não da deslize
Hoje meu terapeuta é Frank Sinatra
Atrás do meu (eu to ligado) a ganancia que mata
Nesse mundão até Morfeu infarta
Rap Filosofia é o meu colete a prova de bala
Pro crime, já to montado escrevendo as carta no fax
Delinquente na frente do sax, dando uns ataques
A mente pulsou, marginal, discutindo Jean Jacques Rousseau
Corpo são, mente sã, igual Adão hoje eu mordo a maçã
Rap é minha vacina, a falta de tempero alimenta a medicina
Compulsão, aqui não tem espaço, pra aventureiro
Em cima da batida
Se liga, Rap Filosofia, de vida