[Refrão]
Tem gente que não pode
Ver ninguém feliz
Apronta, conspira contra, infeliz
Na vila a gente logo aponta
E diz esse aí é zóião, zóião
Vê chegar com a compra
Corre pro portão (zóião, zóião)
Sabe quem paga a vista
E quem faz prestação (zóião, zóião)
Quem tá comprometido
Quem tá de pegação (zóião, zóião)
É até "talarico"
Quer a "muié" do irmão (zóião, zóião)
[Verso 1]
Maior do que a barriga
Magina, truta
Escuta, esse não entra na China
Pescoço de girafa
Na esquina
Bolando um plano infalível
Tipo o Cebolinha
"Trakina", sabe das coisa sua
E das minha (minha)
Inveja a alegria de todo mundo
Tinha que purificar a alma
Vagabundo perde a linha
Pegou o bonde agora
E já quer ir na janelinha
Gente sem visão, sem amor
Com o olho do tamanho de um hambúrguer
No progresso do trabalhador
Peço ao Orixá e ao Senhor
Me livra dessa "zica"
Isso é atrasa lado, é rancor
[Refrão]
[Verso 2]
Criador de briga, semeia intriga
Faz o que tava junto perder a liga
É mentira pra cá (pra cá), fofoca pra lá
Pipoca, se toca rapaz
Entre o malandro e o mané
Você sabe muito bem quem ele é
A fala é breve, puxa-saco do chefe
Tudo no interesse sujo, mequetrefe
Zóio de fura lupa
Zóio de tandera
Esconde, que se ele ver, já era
Arruda
Deus ajuda até sete
Com esse teu olho gordo
Carece de um colírio dietético
Tem gente que não pode
Ver ninguém feliz
Apronta, conspira contra, infeliz
Na vila a gente logo aponta
E diz esse aí é zóião, zóião