Há 500 anos eram 5 milhões de índios felizes no Brasil
Cada um em sua oca ,cada oca em sua taba, cada taba em sua mata
Cada rio, cada peixe, cada bicho, bicho!
Um por todos, todo mundo nu!
Cada um na sua (viviam todos muito bem)
Cada um na sua (ninguém falava mal de ninguém)
Cada um na sua (todo mundo nu!)
Cada um na sua (tudo bem)
Boto, tamanduá, c**ar, sucuri, cucu
Jacarandá, anta, cajá, curumim, arara
Jaguatirica, mandioca, de boi, jacaré, vitória régia (Tim Maia!)
Cada um na sua (sem roupa)
Cada um na sua (sem falcatrua)
Cada um na sua (ninguém pa**ava a mão na bunda de ninguém)
Cada um na sua (pode crer)
Hoje são 250 mil, mataram milhões de tristeza e solidão
Na bala, no chicote, na humilhação
Índio foi queimado vivo quando dormiu
Índio comeu peixe poluído do rio
Índio quer saber se chega ao ano dois mil
Índio veio morar numa favela do rio
Caiapó, Tupi, Xingu
Guarani, Txucarramã
Acolhei a Tupã
Pataxó
dedicamos essa música ao índio Pataxó Galdino, que morreu pelas mãos de uns meninos mimados do Distrito Federal. Só deus sabe o motivo pelo qual eles não foram condenados!
Cada um na sua (eles não foram condenados)
Cada um na sua (ninguém tocou no a**unto)
Cada um na sua (no final ficou todo mundo nu)