[Verso 1: Eduardo]
O boy queria que eu tivesse traficando
Gritando a**alto com uma nove pro caixa do banco
Queimando a cara de um refém com cigarro
Dá a senha filho da puta anda desgraçado
O Brasil não aceita pobre revolucionário
O marginalizado defensor do favelado
Fugi do controle quebrei a algema
Expandi meu veneno meu ódio minha crença
Contaminei o corpo revolta incurável
Terrorista verbal discurso implacável
Pega seu dinheiro e enfia no cu
E caráter lapidado no sangue da zona sul
Implantaram a liberdade de expressão a**istida
Pra rima agressiva do rapper homicida
Desprendido de mídia público do shopping
Cuspo na sua TV na sua porra de ibope
Ativista aqui sou o próximo da lista
Foda-se a censura represalha da polícia
Se tiver que morrer, aí fazer o que?
Ameaça não intimida Eduardo não faz tremer
Fala mal de mim rimador da alegria
Pelo menos não sou puta não vendi minha ideologia
Não trai a minha história minha raiz no cortiço
Prossigo minha missão pra multi sou nocivo
Invadi a mansão igual um rolo compressor
O playboy se borrou com a verdade no televisor
Denunciei sem medo a guerra civil brasileira
Obrigado favela pelo FC na camiseta
Oficial de justiça não apreendeu meu cérebro
Dentro e fora da cadeia locutor do inferno
Sou periferia em cada célula do corpo
Por isso uma par de porco tá me querendo morto
[Refrão 2x: Eduardo]
Sei que os porcos querem meu caixão
"Era a brecha que o sistema queria"
Sei que os porcos querem meu caixão
"Avisa o IML chegou o grande dia"
[Verso 2: Dum-Dum]
O preto favelado aterrorizou
Chocou apavorou escandalizou
O verso sanguinário conseguiu abalar
Vem pagar um pau mídia vem me entrevistar
Vou enfiar no teu rabo meu estereotipo de ladrão
Um careca de jaqueta aqui é rapper facção
Não vai te dar notícia com o sangue da vaca rica
Filma o maloqueiro pedindo paz na periferia
Surgiu uma par de herói querendo meu sangue minha caveira
Querendo flash na minha aba se tornar estrela
Cuzão não entendeu rap não é campeonato
Pra vender CD não precisa do meu fraca**o
Faço meu papel honro meu compromisso
Semeio o ódio contra quem me faz roubar o executivo
Aqui é só outro mano sem boné sem estudo
Sem currículo curso talvez sem futuro
Entendeu dono do iate o apoio da favela
Faço parte dela sou fruto da cela
Não deram faculdade pra eu me formar doutor
Então a rua me transformou no demônio rimador
Enquanto meu corpo não virar carniça
Eu to no rádio no vídeo lançando minha ofensiva
Nem cherokee nem piscina nem modelo vadia
Compram a atitude do mano do quarto e cozinha
A traca verbal é um dois pra acionar
É só o menino faminto chorar pro dum dum descarregar
Programado pra rimar buscar a igualdade
Pra ser a ameaça pra sociedade
Oficial de justiça não apreendeu meu cérebro
Dentro e fora da cadeia locutor do inferno
Sou periferia em cada célula do corpo
Por isso uma par de porco tá me querendo morto
[Refrão 2x: Eduardo]
"A boca só se cala quando o tiro acerta"
"Se é isso que eles querem então vem me mata"
"e pros filhos da puta que querem jogar
Minha cabeça pros porco, aí tenta a sorte mano"