[Intro]
Imaginas luzes, câmara, ação, fama
E os montes de notas debaixo da cama
Luxo, numa praia deserta cubana
Com os lucros que eu fiz com a minha banda
[Verso 1]
Atrai-te a luz do palco, a admiração do público
O povo com as mãos no alto, o meu currículo é único
É... mas tudo isto é efémero, e amor, oposto disto, é eterno
E posto isto, diz tu, eu insisto
Em saber se existe um p'ra lá de tudo isto, visto que
Aquilo que eu visto, p'ra poder gravar tudo o que ouviste
Ser tão pesado e triste
E se tu sorrires, é como quem troça
Ou é como quem troca
De posição quando o burro se magoar a puxar a carroça
Sabendo o peso disso, o quanto custa a cossa
Dizendo: “conto com isso”, meu irmão minha nossa
Elas não entendem, como certas falas mentem
E a realidade das minhas falas dizem o que não sentem
Não vos culpo eu entendo bem, é a diferença entre quem
Admira quem volta da guerra e revolta no intimo de quem de lá vem
Caso as tuas mãos se lavem, na casa que os meus pais têm
Olhes os meus nos olhos e os sintas como teus também
É porque os meus de meio diferente, me escutam dizendo atento
Ao modo como cruzo os dedos, sussurrando pelos dentes
[Refrão]
Tou feliz, tou feliz... nem preciso de subir Eiffel para ver Paris
Irmão quando ela diz, tão feliz: "mostra-me só Eiffel de D.Luís"
Quando ela diz, tão feliz: "nem preciso de subir Eiffel para ver Paris"
Quando ela diz, tão feliz: "mostra-me só Eiffel de D.Luís"
Porque o rei de pechisbeque só precisa, de uma... Rainha de Bugiganga
O rei de pechisbeque só precisa, de uma... Rainha de Bugiganga
[Verso 2]
Tu queres o mundo aos pés, eu não te discrimino
O que eu quero é o mesmo que tu mas senti-lo a fazer o pino
É contexto que cintilo, num contexto que sem tê-lo
Irias arranjar um pretexto para um texto e eu não vê-lo
Por isso é que coisas do tipo “és tão lindo faz-me um filho”
Eu acho tão imaturo, infantil e ridículo
Eu sei, que estou num sítio em que me olham como um ídolo
Atentas no que é frívolo, eu intento porque evoluo
É que é ser um ídolo, a que alguns chamam de íntimo
Porque no meu círculo, tudo tende para um ciclo
Em que é ímpio, ímpeto, esse é o motivo em que tu
Atentas sem perceber porquê de eu querer saber o princípio
Com que te moves, quando o sabor dos oves moles for insípido
Como encobres quando descobres que estes aqui tem ínfimo
Não há cobres com que dobres, ideais do meu ritmo
E por ter estes modos de brilho os meus olhos vertem líquido
Só quero ver que é nítido o que eu sentir em ti reflectido
Quando a maior parte se esquecer de tudo isto
Mas para ti, continuar a ser o rei que aqui canta
A nossa casa ser o rock in rio e o nosso filho fundir a lâmpada
A fazer de técnico de luzes no interruptor da cozinha
E quando ela se desliga ver-te brilhar de forma continua
Sorrir de olhos fechados, com mais vontade ainda
De abri-los e ver a imagem que a minha mente imagina
[Verso 3]
Eu sei que tu vês, mas tudo isto é efémero, diz-me só
Tu és, o oposto disto que é eterno
Eu sei que tu vês, mas tudo isto é efémero, diz-me só
Tu és, o oposto disto que é eterno
Diz-me só que isto é duradouro quando nascer o sol e brilhar no douro
Diz-me só que é duradouro quando nascer o sol e brilhar no douro
[Outro]
Hoje eu vi, estrelas fazem figas para o céu não nascer
Amor, eu vi, os teus sinais a constelação para me perder