[Verso 1: Emicida]
Pelo asfalto quente, curva, mente turva, como enchente
Então, volto tipo chuva de verão
Sem emoção, entende?
Pesado pique o corpo de um ente, entre os porco doente
Rente as hiena, as puta, os dilema
E os verme, cada um com os seus problema
Eu abaixo o vidro, eu sinto a brisa
Eu respiro, abro um botão da camisa
E vou todo dia onde a luz da lua é como anestesia
O neon, o lodo, as vadia, o globo
A agonia, o todo, e os outros ri
Eu não sou daqui
Na real, já nem sei se eu virei o que abominava
Quando ninguém me escutava
Se o olho brilha igual Hattori Hanzō
Estilo prata, deve ser banzo, tristeza mata
Jão, é 1-2 pra virar depressão
[Refrão: Evandro Fióti]
É só mais uma noite vagabundo
Tenho que pagar umas conta, tentar salvar o mundo
Se der tempo eu quero ser feliz
Independente do preço
Independente de como, eu mereço
[Verso 2: Emicida]
Antes eu até sorria
Hoje vejo os copo cheio e as pessoa vazia
Rindo alto, forçando alegria, eu hein... ave maria
Sinto os aperto de mão (falso), vindo dos irmão (falso)
Se tá no salvão (falso), como pode ser tão falso?
E o mundo quer saber qual o meu corre, o VMB
Dos rap que me ataco, quando vou responder
Meu sonho é gravar com quem? Por quê?
E eu só quero chorar por perder meu primo pro HIV
Luxúria e depressão, balada
Fedendo a terceira intenção, inconsciência pesada
Feliz nada, é a dor maquiada
De batom vermelho, safada!
Glitter, paetê e pluma
Minha filha com 6 mês e eu não vi porra nenhuma
Cê também não entendeu coisa alguma
[Ponte: Emicida]
Violentamente encantadora
Friamente aconchegante
É o habitat natural dos vampiro
E o labirinto pros sonhador
[Refrão: Evandro Fióti]