[Verso 1]
Andando pela selva
Mentiras nos jornais, na tela, nos outdoors
Vadias de biquínis e paletós
Vitrines espelham êxtase e depressão
Desejos e frustração
Motivo de crime
No panfleto o político sorrindo
É tão cínico
Eu vejo o demônio pelo que eles chamam de santinho
Ok, então isso é a lei, isso é o lícito
Fica com isso e me chama bandido
Vampiros duas caras
Se fazem de amigos pra ter o que precisam
Te suga e rala
Não tem alisa na rua, cê vale o que usa
Mais do que o que pulsa embaixo da blusa
E todo mundo sangra igual a mim, nêgo
Mas tanto veneno faz eu me sentir menos
Porque se você é o que cê come, cê come o que cê pode comer
Então cê é o que cê pode pagar pra ser
E eu num quero ser mais que você
Eu só quero pagar o preço do que eu quero ser porque
[Refrão]
Pra mandar o mundo se fuder
Vou ser o vilão nessa porra
Mas cê quer mesmo saber por que?
Pra mandar o mundo se fuder
Eu quero mais de cem milhões
Mas cê deixa eu te dizer pra que?
Pra mandar o mundo se fuder
Pra mandar o mundo se fuder
Pra mandar o mundo se fuder
Pra mandar o mundo se fuder
[Interlúdio]
Cês vão me ver irmão, cês vão me ver!
E aí cês vão dizer: Que bom te ver, Don!
Hipócritas!
[Verso 2]
Ok, tá tudo bem vagabundo
Estilo Tupac, eu acordei gritando foda-se o mundo!
Procurando a gata pra ser minha Bonnie e eu Clyde
Transando no banco de trás, parando o trânsito
Mostrando como se faz
Como cê vai linda ? Deixa eu te beijar todinha
E ser o cara que te come e te faz bem como cê me faz
Quando me acompanha num fim de tarde na ponte do cais
Sem caô, pra que mais serve a grana que se faz, se não for o amor?
É insano demais
Sem planos demais que se tornam sujos
Não quero ser seu marido, só o seu vagabundo tipo...
Na luz da manhã, frutas e pães
Longe de tudo, comentando como o mundo tem sonhos estúpidos
Planos estúpidos
Regras estúpidas
Guerras estúpidas por motivo fútil
Mas eu não vou dar o braço a torcer
Então vem comigo prima que eu não tenho nada a perder
[Refrão]
[Interlúdio]
É em torno dela que tudo gira não é isso?
[Verso 3]
Isso aqui não é sobre roupa e carro
Essa porra é descartável tipo flor de plástico
Isso não é sobre cor e cla**e, é sobre amor
Por isso meu rancor e lágrima
Flambado no doce do Licor e Sauza
E esse fogo destilado no meu corpo e alma
Pelos sonhos que se foram
E claro, derrubar é fácil quando o irmão entrou amarrado
Eu ainda sinto o chute no rim
Falô, otário!
Eu quero ver trocar agora que eu não tô algemado. Vem !
Não pense que se eu pego essa grana agora
A porra me torna igual aos que plantaram essa bosta
Tipo os cara que viaja e não volta
Tipo o escravo que se torna senhor também
Melhor fazer me apresentar, prazer !
Me dá a grana ! E deixa eu te explicar pra que...
[Refrão]