Os papéis invertem-se, inverte-se a questão
Ser ou não ser, sou, alvo da proclamação
Hoje tenho-te na mão, amanhã tu podes cair
Numas maõs erradas, que só te queiram destruir
Ir ou não ir, vais, pelo caminho mais curto
Onde tudo é escuro e por vezes absurdo
Mas se tudo é tudo, não entendo quase nada
O futuro é duro, prefiro ficar na almofada
A fantasiar e a sonhar, com a vida que tens
Que outrora foi minha, agora dou-te os parabéns
Tu vens e tu vais, nunca ficas acorrentado
A um cliché qualquer, que te deixa embriagado
Pelo sangue do ódio, que percorre o meu corpo
Tenho sede de alegria, cedo de sede eu morro
Neste caminho que percorro, só te encontro a ti
Mas como tu és eu, sabes que nunca te menti
Refrão (2x):
Eu admito eu confesso, eu vi a face da Morte
Eu perdi-me no regresso, eu perdi o meu Norte
Verso atrás de verso, eu tornei-me mais forte
Cessar eu nunca cesso, só peço um pouco de sorte
Hoje sofro hoje choro, enquanto tu te ris
Espirito melancólico, que me deixa infeliz
Odeio o meu país, mas eu amo o teu
Entrego-te ao Diabo, tiras o lugar a Deus
Mas...Meu Deus, estou farto do teu nome
Ecoa no meu ouvido, isto só me consome
De raiva sinto fome, sinto-me apenas muito fraco
Deixo cair o microfone, como na arma o cravo
Nesta luta que eu travo, tentas parar-me não desisto
Eu persisto e eu insisto e é por ti que eu existo
Um misto de emoções, percorrem-me a alma
Dás-me paz e amor, tenho nervos pedes calma
Fui alvo de um drama, na cama fiquei doente
Á espera dum beijo teu, mas acabei a impaciente
Explica-me este incidente, aliás não o faças
Quero lembrar-me de ti, sem seres um vira-casacas
Refrão (2x):
Eu admito eu confesso, eu vi a face da Morte
Eu perdi-me no regresso, eu perdi o meu Norte
Verso atrás de verso, eu tornei-me mais forte
Cessar eu nunca cesso, só peço um pouco de sorte
Eu olho para o espelho, entro logo em choque
Numa metade a minha face, na outra a face da Morte
Eu causo danos insanos, manos perdem a cabeça
Pa**am-se anos e anos, esperamos para que cresça
Eu já segui estrelas que na verdade não brilhavam
Segui rastos mas restos, só atrapalhavam
Calei-me outros falavam, comecei a ouvir vozes
Amei os que odiavam amar as minhas posses
Caí, levantei-me, abracei a tolerância
Perdi-me, encontrei-me, ignorei a ignorância
Não dei muita importância á importância de viver
Apenas fiz o que pude, para hoje sobreviver
Eu nada tenho a perder, perco-me por essas ruas
Que me fazem entristecer com o triste olhar da Lua
A minha alma flutua, é tua a vontade macabra
Meto a palavra em ordem, pela ordem da palavra...
Refrão (2x):
Eu admito eu confesso, eu vi a face da Morte
Eu perdi-me no regresso, eu perdi o meu Norte
Verso atrás de verso, eu tornei-me mais forte
Cessar eu nunca cesso, só peço um pouco de sorte