[Refrão: Juçara Marçal]
Laroyê Bará
Abra o caminho dos pa**os
Abra o caminho do olhar
Abra caminho tranquilo pra eu pa**ar
Laroyê Eleguá
Tomba o mal de joelhos
Só levantando o Ogó
Dobra a força dos braços que eu vou só
Laroyê Legbá
Guarda Ilê, Onã, Orum
Coba Xirê deste funfum
Cuida de mim que eu vou pra te saudar
Que eu vou pra te saudar
[Verso 1: Criolo]
Muros de concreto infeto
De pedra, cal, cimento e dejeto
Aponta pra cabeça, Ori
A cidade um cronista, Ogi
E a dobra do dorso do operário na rua
Labirinto, fauna, sombra, luz da lua
Aço, peito, flecha, caminho
Magma, lava, inveja, vizinho
Posto de saúde dos anos 80
A.S., benzetacil, cibalena
Vida real dessa filosofia
Máquinas comem você, meio dia
O ponteiro, o relógio, a corrida pro pódio
A estética do mal no terror psicológico
Espelho, perdão, lâmina, credo
Ocupar essa praça Hornesto
A favela aguarda atenta ao revide
Manifesto vira piada, declive
Corrida clichê desagradável, Pai
Fetiche de playboy é colar com Barrabás
Todos os dias na biqueira alguém vai
Pra deixar um pouco mais a alma em stand by
O que faremos, então? Sem provocar alarde
Sepulcro mediano me mate nessa tarde
Beberemos
Nesta água Nicodemos
Oremos
Pois vamos suar veneno
[Refrão: Juçara Marçal]