[Verso 1: Xiên]
Fome e descrença, homens e suas desavenças
Avanço igual Pitbull nesse rap sul, tu queira ou não queira
Encare as evidências de decadência
Á ascendência pode bufar
Corda bamba, vivemos à beira
[Verso 2: Malcom]
Clássico mc jurássico derretendo moleiras
Como se rimas fossem pingos de ácido, vou dar meu máximo Sem ser sarcástico, cérebro afásico
É tão trágico consumindo raps de plástico
[Verso 3: Chocolate]
Afeta mente, corpo, vida e espírito
Te torna detento da maldição, escravo do ritmo
Até dá pra entender porque os nego tão no corre
Mas sentir o que outra pessoa sente, ninguém pode
[Verso 4: W.a.]
Essa é a praga que contamina e resgata
Se tu quer dropar as batidas é melhor mostrar que saca
No ataque sorrateiro os verdadeiros vem com a alma
Sou inquieto mesmo quando pareço ter calma
[Verso 5: Xiên]
Um velho amigo me cobrou ambição
Falou sobre inveja k.o. divisão procurei forças
Pedi proteção pra não nutrir rancor ou magoa só elevação
[Verso 6: Malcom]
Pra que não sejamos programados como os enlatados de U.S.A 9 ás 6, disso eu já sei, por isso pa**ei minha preocupação
É a mesma história no repeat só que em outra geração
[Verso 7: Chocolate]
São psicoses de seres precoces
Em viver com o crânio flipado de ideias e planos insanos
Projetos que ano a pós ano erguem muitos dos manos
Que usam mãos, ouvidos e bocas
Para fazer fluir energia de bonés, gorros e tocas
Loucas escolhas
Verso 8: W.a.]
Ser melhor não é vaidade, a necessidade aplica pro rap
Eu dou meu sangue, eu vou fazer virar essa fita
Quem critica não flagra, quem flagra vem pro bolo
Isso é rap nacional, terror, compressão no rolo
[Verso 9: Xiên]
Foco e objetivo no verbo radiativo, imerso, sempre ativo
Onde tudo é relativo
Mataram todos nativos, chamaram de índios
De venenos nocivos, é o terreno onde vivo e respiro
[Verso 10: Malcom]
Resquício dos anos 90, a busca do relato
Aquele som com ideia
Que esses boy de bosta consideram chato
Pro Hip-Hop uma meta traçada
Escrevo pensando na cultura
O rap sem o Hip-Hop é nada
[Verso 11: Chocolate]
E dentro das suas bolhas de raciocínio penitente
Tua pena é não deixar a cultura entrar em declínio
Não tenho alivio, minhas alianças dão esperanças
Aos meninos que no mundo nem tudo está perdido
[Verso 12: W.a.]
Eu toco fogo no jogo de letais e sampleados
A praga é beat, escrita, rimas, fluxo, legado
O Hip-Hop vivo, os elementos alinhados
Vão dominando o mundo com arte por todos os lados
[Verso 13: Xiên]
Acendam a vela ANX uma década e não era fácil ser rap Naquela época, mentes céticas se dizendo ecléticas
E eu só me preocupava com uma rima mais inédita
[Verso 14: Malcom]
Seremos pragas enquanto existirmos
Resistirmos em cada cap de aba reta
Pra não nos extinguirmos em minoria
Só que vamos longe pra não deixar morrer
A essência que Bambataa ensina até hoje
[Verso 15: Chocolate]
Hoje rap é hino rap, é fato, me dá a porra do isqueiro
Eu toco fogo no prefácio, nunca foi fácil
E essa história nunca se apaga
Somos skate e rap, prazer, somos a praga
[Verso 16: W.a.]
ANX invade, pedala igual Denarc
Inspirados por Sabota Dina Di e Suiçaque
Preparados pro ataque letal, é nosso vírus
Inspirados por Bambataa e pelas palavras do Sirus