[Verso 1] Olha nóis aqui 'tra-vez, se prepara, seu cuzão Toma nessa cara meu poema em forma de agressão Violento como um trem que ficou sem maquinista Invadindo a cidade, destruindo tudo à vista Se tá tudo bem ao seu redor, no que te cerca Olha pra janela e vê que o mundo tá na merda Sua alienação gera manipulação Tira essa televisão do cu e presta atenção Eles querem gente burra pra manter sempre na rédea E, nessa matéria, sua nota é acima da média Dinheiro do povo usado no luxo da minoria A desigualdade mata gente honesta todo dia Os educadores da nação já ganham mal demais Deputado filho de uma puta, trinta vezes mais Dólar na cueca, povo é sempre pa**ado pra trás O revólver mata gente, a caneta mata mais Solução pacífica, utópica: nenhum sucesso Revolta armada, violência, fogo no Congresso Terror e morte ameaçam o verme desonesto O Ceifador sujou de sangue a ordem e o progresso [Refrão] E o povo sem condição, tudo precário E o desvio de verba do salafrário Engravatado de merda, vai pro caralho Sou o Ceifador Vou arrancar seu sangue e destruir sua cara Quebrar seus dentes na subida da calçada Comemorar sua morte dando uma risada (ha-ha-ha!) Sou o Ceifador [Verso 2] Começou a parte boa da história desgraçada
O momento glorioso da vingança esperada Como um herói, que livra o mundo do mal iminente O Ceifador invade o Congresso armado até os dentes São facadas, molotovs, tiros de todo calibre Sacrifícios necessários pra tornar o povo livre Sangue podre, banha, o corte fino do terno importado Molha o dinheiro sujo no bolso do degolado A televisão vendida não tem opção viável Mostra pro país inteiro o show sangrento e memorável O horário nobre foi tomado de a**alto Por um reality show que, agora, sim, presta pra algo Lentamente, a corrupção morre num ritual De limpeza feita de maneira útil e brutal Pólvora, gravata e sangue se misturam na pintura Como acontecia todo dia com a ditadura Chuva leva o sangue embora junto com a corrupção No pa**ado, fica o terror que trouxe a salvação O Ceifador foi aclamado, virou herói nacional Em nome da violência, livrai-nos de todo o mal Amém [Refrão alterado] E o povo sem condição, tudo precário E o desvio de verba do salafrário Engravatado de merda, vai pro caralho Sou o Ceifador Vou invadir e vou queimar sua mansão Sua nova moradia, agora, é um caixão No seu velório, vou gritar e soltar rojão (ha-ha-ha!) Sou o Ceifador (x3)