Provo da tristeza como um vinho velho E mesmo a**im eu espero não partir o espelho. E digo Que confio no teu bom conselho Mas se for preciso ainda consigo esmurrar um joelho. E sigo Sinal vermelho é verde tinto Se o meu instinto me diz que sim, sigo o que sinto E nem por isso serei impulsiva Posso ser tão optimista que até Deus duvida Só desisto quando há fumo branco Até à solução pondero até à cisma Eu ultrapa**o a lebre num instante Na competição sou tartaruga ninja Como uma esfinge, eu fingo que sou de pedra Que sou dura na queda Mas a perda eu evito E como a vida é como a tal caverna Nesta alegoria eu queria ter uma laterna e um livro Para ser livre é preciso ter coragem Muitas vezes sou cobarde e suavizo na dosagem Com o eufemismo na boca, sou felino na toca Evitando uma troca de olhar, e não se nota Que me esquivo do conflito, que finto a rotura Eu não domino o desapego e cedo ao peso da culpa Para mim é tortura ter de partir um coração Para ser mulher madura ainda me falta aventura E saber dizer que não Não. Eu não sei dizer que não Eu provo da tristeza como um vinho velho
E mesmo a**im eu espero não partir o espelho. E digo Que confio no teu bom conselho Mas se for preciso ainda consigo esmurrar um joelho. E sigo Como uma esfinge eu fingo que sou de pedra Que sou dura na queda, mas a perda eu evito E como a vida é como a tal caverna Nesta alegoria eu queria ter uma lanterna e um livro O vinho velho, o tabaco cubano, o meu pai e o mano, a Teresa e a mãe A tua barba, a cama e a carta, as palavras da Marta e toda a gente que vem Para ver no palco, o que digo bem alto e quando os vejo espanto este medo que tenho E o papel perfumado com que tenho forrado a gaveta do quarto onde guardo o além Uma foto do bicho, um vestido e um livro, um relógio e aquilo que tenho escrito também Eu provo da tristeza como um vinho velho E mesmo a**im eu espero não partir o espelho. E digo Que confio no teu bom conselho Mas se for preciso ainda consigo esmurrar um joelho. E sigo [x2] Como uma esfinge eu fingo que sou de pedra Que sou dura na queda, mas a perda eu evito E como a vida é como a tal caverna Nesta alegoria eu queria ter uma lanterna e um livro