[Verso 1]
Os avisos de praxe, os avisos de costume
Falar com seu pai no telefone, baixe o volume
Há quem ache, há quem despache
Brincar de soldadinhos contra índios Apache
Aprender da colher, ao garfo e a faca
Comer no japonês, no domínio do hashi
Avião revell, ordinários marchem
Do boneco de ma**inha à tinta guache
Jovem no ano, de completar 18 anos se apresenta
35 anos de serviços prestados, se aposenta
Garotão idoso, num belo momento preguiçoso
Velho de guerra, moço
Vida que segue
Agora os netos me apontam e eu sigo cego
Vendo tudo em volta e ao redor
Beijos antes de dormir no vovô e na vovó
[Refrão]
Em sol maior (4x)
[Verso 2]
Os primeiros pa**os
No cabelinho das meninas, os primeiros laços
No supermercado de carrinho
Crescer cercado de carinho
Amarrar sozinho os cadarços
Os sustos e as alegrias, as correrias
Pra dar ponto ou pra pomadas de alegria
Primeiro convite para a reunião de pais
Transmitir a ética e os valores morais
É bem legal judô e xadrez
Pra se manter bem longe, do "quem sabe" e do "talvez"
Letras pro caçula, aquela foi minha melhor
Melodia pras pequenas, a do meio em sol maior
Matemática e os problemas juntos a gente resolve
Um homem de caráter Jah Jah sempre absolve
A começar pelos valores que absorve
Intenção sem ação, e a intenção se dissolve
[Refrão]
Em sol maior (4x)
[Verso 3]
Sorvete e doce, só depois do almoço
Conversar sobre a cerveja, fundo do poço
Ex-presidente, senadora, larga do osso
Sobre Deus onipresente, sempre silencioso
A diferença entre o trabalho e a mão no revólver
Às vezes o trabalho é a mão no revólver
O caminho mais fácil, o que isso envolve?
O sol não brilha pra todos, não
A vida ou a morte? Eu vou em prol da prole
Ouvindo rock'n'roll, não deixo que a pedra role
Fios de pavio curto
Deixam suas mães de luto
A vida não é mole
Agradecer é privilégio
De estudar num bom colégio
Orgulho de poder dar um mergulho para espantar o tédio
Divertido de verdade
A vida que eu quiser ter tido de verdade
[Refrão]
Em sol maior (4x)