[Verso 1]
Minha voz é um instrumento que dá sustento
Ao microfone, espírito dos novos tempos
O sentimento, o mar, a vela e o vento
Pra navegar na Babilônia de asfalto e cimento
Infelizmente, eu só lamento
Sem agradecimento
Dos filhos deste solo, és mãe gentil, Black Alien é seu rebento
Por favor, doutor, deixe eu mostrar meu documento
Do começo ao fim, do fim ao começo
Da juventude à infância, do geriatra à adolescência, ao berço
E eu me lembro, não mal'agradeço
Por você, até o último degrau eu desço
De dezembro a dezembro
Cantando raggamuffin num minuto de silêncio
Sem documento e lenço
E com o poder da oração, com a mão no terço
Ou não, é pouco, mas, de coração, é o que te ofereço
[Refrão]
Babylon by Gus
O fogo da vela me dá luz
Com a caneta e o papel, erradico pus
A caneta e o papel, e irradio luz
Babylon by Gus
Meus amigos são os mesmos, eles fazem jus
A justiça dos homens perdeu um ônibus
Babylon by Gus, Babylon by Gus
[Verso 2]
Através da escrita e do canto, de guerra ou de alento
Eu sigo em frente e atravesso o tempo
Genuíno no meu hino, desde menino
Ninguém fica ao relento no meu testamento
Às vezes, falo muito, me empolgo, deslumbro
Às vezes, não me considero parte desse mundo
Logo vislumbro que qualquer aposta eu cubro
E, qualquer pergunta que não goste, a resposta vem ao cubo
Se esquiva, quando a alma desarquiva, mágoa de gente nociva
E perde a calma e a esportiva
Atropela que nem locomotiva, sangra a gengiva
Energia negativa, bateu na trave
E lhe causou a síndrome respiratória aguda grave
Aí, ficou esquisito, definiu atrito
Tiroteio, correria e grito
No ano do macaco até o infinito
[Refrão]
Babylon by Gus
O fogo da vela me dá luz
Com a caneta e o papel, erradico pus
A caneta e o papel, e irradio luz
Babylon by Gus
Meus amigos são os mesmos, eles fazem jus
A justiça dos homens perdeu um ônibus
Babylon by Gus, Babylon by Gus
[Verso 3]
Eu fiquei muito bolado
O moleque tava ali bem do meu lado
Há uns dois metros de distância
Não resistiu, morreu na ambulância
Então, o carro em fuga na madruga
E ele tá com uma etiqueta
No dedão do pé, deitado dentro da gaveta
A verdade no fim sempre prevalece
A Lírica Bereta não quer mais saber de treta nem de estresse
Na fé de D-E-U-S
Chorei muito, fiquei triste
Mas, quando tô muito bolado, ponho o dedo médio em riste
A moral em concordata
Tirar foto é fácil, quero ver quem se retrata
Você, pra mim, é persona non grata
Uma decisão numa situação limite
Salvou a vida de Gustavo de Nikiti
Naquela hora, que mudou meu futuro, que é presente, agora
Uma nova lei vigora, amanhã será uma nova aurora
[Refrão]
Babylon by Gus
O fogo da vela me dá luz
Com a caneta e o papel, erradico pus
A caneta e o papel, e irradio luz
Babylon by Gus
Meus amigos são os mesmos, eles fazem jus
A justiça dos homens perdeu um ônibus
Babylon by Gus, Babylon by Gus
[Outro]
Jah Jah chamou
E ele sabe que eu vou