[Verso 1: Beni]
O poder da palavra é foda
Delinquentes, eloquentes, evidente é mistura na roda
Nunca vi peso pena sustentar uma bigorna
Isso não é um teste, abaixo o farol e retorna
Ande pelas ruas e sinta o clima da caça
A carne é preta, eu vejo o sangue na taça
Negros como eu que já sabe o que se pa**a
Racistas igual traças, divisões de raças
Então chame o KKK pro neguin
Visionários militantes incendeiam até o fim
Arranque o capuz dele pra mim
Corta aquela corda pra mim
Vira o beat pra mim
Na luta só estão os bravos
Não sabe viver com pouco se tornará escravo
Na batalha é o diss-travo
Falharam com o negro, foi um descaso
[Refrão: Emesete]
Não, não é um absurdo, canabis traga
Sem nem um lusco-fusco a mente trava
De novo no escuro é carna fraca
Mano o teu casco, tá cheio de craca
Não caia no mundo da Babilônia
Ta aí merendando e na de insônia
O mano pela saco toma vergonha
Rume como eu rumo de forma idônea
[Verso 2: Beni]
Ande na ruas e tire suas conclusões
Viver, sobreviver, não misture as ações
Não tem como esquecer, várias foram as razões
Eu tive que conter as emoções
Abuso de poder também a luz do dia
Eu tive um sonho pra acabar com a covardia
Direitos iguais, quantos morreram, quem diria
Sem chance de viver, pa**ageiro da agonia
Minha vestimenta é preta pra saldar o luto
Mandela, Luther King, Marcus Garvey é um tributo
Sabedoria, negros, poder absoluto
O jogo é sujo e bruto a cada minuto
Eu vejo cães latindo, não se a**uste com o vulto
Sirene tocando, então na aja no impulso
Eu to pronto pra morrer pelo meu discurso
Lutando pra viver contra esse jogo sujo
[Refrão: Emesete]
Não, não é um absurdo, canabis traga
Sem nem um lusco-fusco a mente trava
De novo no escuro é carna fraca
Mano o teu casco, tá cheio de craca
Não caia no mundo da Babilônia
Ta aí merendando e na de insônia
O mano pela saco toma vergonha
Rume como eu rumo de forma idônea