Gritos que rompem o silêncio em noites frias, peregrinação
Violência obstétrica, desumanização
Cicatrizes que o tempo não apaga
Corpos em linha de produção
Maldizem o fruto em nossos ventres
Bisturis cegos te cortam as mãos
Protagonismo roubado por abutres
Te roubam os sorrisos, te roubam os sonhos
Te ferem a alma, te mandam amar, te mandam casar
Te mandam viver, mas quero existir!
Gritos que rompem o silêncio em noites frias, peregrinação
Violência obstétrica, desumanização
Cicatrizes que o tempo não apaga
Corpos em linha de produção
Mal dizem o fruto em nossos ventres
Bisturis cegos te cortam as mãos
Protagonismo roubado por abutres
Te mandam amar, te mandam casar
Te mandam gestar, te mandam parir
Não pode abortar, mas quero gritar
Levante e vai à luta!
O corpo é seu e de mais ninguém
Nossos úteros em disputa
Nós parimos, nós decidimos!