[Verso 1: Baco]
Entre os becos putrefiz e celestiais
Coca, erva e vinho, castiçais
Amores virtuais divina comédia
Tragédia até pra Tarantino
O sangue escorrendo e cês rindo
Confundindo ser feliz com sífilis
MC infeliz caiu no truque das groupies
Em trupes com diss esse som condiz
É sujo como Bolsonaro e Fidelix
Recebendo es**ma no nariz de cem travestis
Rap Game é o caralho
Rinha de galo rap até o talo
Bosta musical escorre no ralo
Imaginar uma treta comigo
É como imaginar Zagallo sendo fudido
Pelo Strap On da Ivete Sangalo
Mas não me calo, minha rima carrega a fúria a**a**ina
De todo feto morto na China por nascer menina
Dos mortos da Síria
Neuróticos de guerra? Enviarei pra Palestina
[Verso 2: Mobb]
Cavo as entranhas da solitária, escrevo com o sangue que escorre
Reconheço a funcionária, pois sempre tá de porre
Quem sou eu? Sou um negro enforcando um membro da Ku Klux Klan
Sou um vietnamita decapitando o Tio Sam
Protegido por Alá, Jah, Jesus, os Orixás e até os Xamãs
De havaianas sem cash, amanhã quem sabe compro um Vans
Pra fazer um free pra Deus abri as portas do hospício
Querem me explodir mas minhas rimas são de artifício
Fato, remar contra a maré é mais doloroso que um parto
Rato nato sem contrato aperta o pa**o e fogo no mato
Tabuleiro de lodo, meus manos expressam seus planos gritando
Mão pra bolo, quem não honra o que anda falando
Verdade não pa**a em cores, amores, dores, feudais senhores
Atores nessa cena dos horrores, pros espíritos pecadores, flores
Minha cela tem 4x4, uma pia e um vaso sanitário
Caderno caneta e a janela que é por onde escarro
Por bom comportamento cultivo pito do pango
E quando posso a**istir algo peço pra que seja Jango
Caçando por Candyland, matando por amor e liberdade
Esse é o Game! Viver a real malandragem
Caveira tem que matar CP, CP tem que matar Caveira
É plena segunda-feira e o satélite é uma trincheira
D.D.H. tá na espreita
Sem acepção, rimo pro capeta e pras freiras