Não é a primeira, nem segunda, nem terceira vez Que você se acha no direito de me condenar Vejo que é difícil você compreender, perceber Ou tentar se pôr no meu lugar Não é a maneira e nem que fosse iria ajudar Pode ser besteira e se pudesse já daria para começar - deixa estar: já cansei de tanto bê a bá Já que coloquei essa questão em pauta Na falta de um a**unto melhor Vez em quando um sentimento me arrebata, me a**alta e leva até meu paletó De fato isso não interessa em nada ao seu outdoor Se me vir troque de calçada, não toque no a**unto, dê risada Anote num papel quatro por três, de zero a dez A sua nota com uma breve tradução para o francês, eis - que então tereis Via email a média compensada de sua pequenêz Eu estive lá, eu vi, vou repetir: Eu estive lá, estive perto de já não estar aqui Estive em voga no seu ti ti ti Vide o verso está impresso qual a direção Em letras miúdas do tamanho de nossa imaginação Na falta de paz temos pão, temos teto Fiz o que era certo, fiz do coração objeto Decorando a cela, pra combinar com as paredes da novela Caso surja alguma chance de saída, me avise, pode me acordar no meio daquela avenida Enquanto isso brotam pés de ritalina Aromatizando as saias das meninas Cada qual inventa a própria Palestina Convida seu vizinho pra entrar, pra um chá Peça à Deus ou ao Ratinho pra te ajudar Um Jaguar, um afresco de Delacroix
Mas o que importa mesmo é ter saúde e sorte E uma piada nova todo dia no meu celular Esse que tá aqui, que cê vê, que hoje pouco ri Que se cansou da bebedeira, quis sumir Derrepente desaparecer Ateando fogo na própria bandeira pra se aquecer Esse mesmo, ranzinza, covarde Tentando dessas cinzas construir cidade Enquanto crê no que acredita nunca é tarde Alô, alô imbecis Sem um pingo de verdade nos "IS" Henry Miller foi mendigo e de verdade quem não é?? Morou sujo em todos nós Onde nascer é feroz e existir é maré Crise no "paradize", no paradise Catarse, guerra dos chips, das polaróides Pela fresta espia o Doutor Freud sem entender Os novos casos de PMD Eu como bom menino branco, alfabetizado, não posso Me queixar apesar de dilacerado por inteiro, sem exagero Também não ajuda o sol de Salvador em janeiro Falha no sinal Bato com a cabeça contra a porta espessa do Taj Mahal Obedeço às cegas, não solto grito Tanto faz o crime deixa que de pronto eu admito Entrego o ouro delivery, já embalado pra presente Preso à armadilha sigo a vã cartilha do homem carente De esquadros e escovas de dentes Cartilha que não aceita jabá Nela o que existe se concentra, febre de quarenta em dia de Iemanjá Páprica sobre os óvulos da mãe mandrágora Polpa prisma O polvo é o marido da pólvora Nada errado com Fabão E a virtude está no meio