[Intro]
Pandora me inveja, veja, cabe mais na minha caixa
Mas, Pã agora faz caniços soarem como flautas
Tirem as patas do que é meu, vira-latas diretos do breu
[Ponte 1: Alex FULL]
Ao cerne da epiderme, epidêmico
Intravenoso, venenoso até pra arsênico
Minhas têmporas causam temporais
Eu não preciso de tempero
[Verso 1: Alex FULL]
Não quero óbolo pelas obras
Quero obter meus obséquios
Pós muito ofego, não quero dor
Nem odor, e me manter intrépido
Pois tenho ouvido apenas olvidos e o ômega está anexo
À cada resquício e esse plano ambíguo é nada complexo
Porém os s**os trazem, sepulcro como séquito entre si
Cérebros estéreos pra reproduzir
Atolado em meio a tolas virtudes
O tempo urge e sigo cético (léxico)
Versus can*lhas que rugem
Pra fingir que não são sintéticos
E enquanto a saúde me amparar
Para me dirigir ético
Se eles não vão parar
Regenero-me igual um réptil
Uma tangente que não se tinge
Lidere no íngreme e não finge
Faça avanços e não esfinges, não seja mártir
Viva e se torne efígie
Não se vitime, estigme o mundo e o faça sentir
Sem incidir culpa, te ocupa em liquidar as imundícies
E um dia um sábio me disse, umedece, seca a terra
Mas floresce a cada era, a estirpe que salva o time
[Refrão: Alex FULL]
Ah, mil vira-latas jogam as patas do convés
Quem não acata quem mandou
Crava a faca em próprios pés
Ah, mil vira-latas jogam as pratas do convés
Hoje a caça é caçador, prostrem-se todos aos meus pés
[Ponte 2: Alex FULL]
O que tu quer, o que tu és, quem quer, tem
Te basta a fé? Pra um dia ser alguém
O que tu és, o que tu quer, o game? O Éden?
Me basta a fé? Pra um dia ser alguém
[Verso 2: Alex FULL]
São 17 temporadas nesse plano, onde ao pa**ar dos anos
Plainam severos planos em meu crânio
À busca por discos de urânio, rabiscos que tragam ganhos
Drenar o que prejudica, e o que cativa
Em momentos simultâneos
Pra poder te contar como vi e como comovi
Como vim parar aqui, sem parar até conseguir
Surfando nas tragédias, se alimentando do caos
Em dança com a amnésia quando
Me encontro com os falsos
Que nada trás, porque atrás me traiu
Futuro se faz sem os filhos que a puta pariu
Pra línguas malditas sou um Dalit, intocável!
Que o mundo seja o recipiente onde
Eu despeje meu líquido inflamável
Queimando velhas mágoas no meu pátio
Vire a página e se divirta
Nessa vida, meu roteirista é sátiro
Sigo o baile, compondo em braile à cegos aos reais e libras
Estudando libra e livros, pra ver se livro-os e se isso me livra
[Refrão: Alex FULL]
Afiado e afinado como em Fígaro
Te estouro os tímpanos (pra ti parou)
E meus neurônios comem de tudo
Como se fossem onívoros (eu ouvi pa**os)
[Verso 3: Alex FULL]
E eu sigo em vigílias frígidas à quem inflige flagelos à mim
Fragmentado, faltando uns pino, agindo por quem tá afim
Por frascos, fatos e frações, vim...
Desvendar Da Vinci, vinte segundos antes do fim
Fora da algema ou do traço da trema
Medindo o estrago que causo
Imerso até o magma, à gema
Paranormal em plena lapidação mental, meu caro
Tá caro, tá injusto, tanto carro no viaduto
Tanto tributo que eu tô ficando puto
No repuxo eu mal me escuto, no reduto de estar em luto
O que busco em tese é luxo? Mas isso eu uso?!
E eu cruzo à cada minuto em mais um mundo
Discuto discursos e percursos com mentes que mal se usam
Aperto meus parafusos à cada susto
Que levo em meio aos surdos
E em meio aos mudos, eu berro
Em gestos de protestos curtos
Nesse sub-mundo, eu não sei o que ser, sou o que sou
E nada sei até que o fim se mostre, fodam-se as fés
Eu vivo me remendando perante as cicatrizes
Até que chegue o dia em que meu demônio
Se curve aos meus pés
[Outro: Alex FULL]
Eu nasci em 98
Minha família só tinha louco
Mas a minha profecia
Prossegue cada dia aos poucos
O que tu quer, o que tu és, quem quer, tem