Deixa ser como o luar, à minha vontade Como a águia ser a águia, sem nenhum problema Ser a gota, o grão de areia, a minha unidade Do deserto e do mar, que coisa pequena Ter do tempo a claridade do sol promissor Como o índio, ser o índio e valer a pena E valer a pena Sem outra razão e valer a pena Ser de rir e do chorar, ser do meu momento Como o vento, ser o vento e a sua feição
Ter da flor a sua essência só pelo prazer Só o ser, só o ser sem a condição Amar-te só porque sim e valer a pena Só o sim, só o sim sem a explicação E valer a pena Sem outra razão e valer a pena Ai se eu pudesse ter a paz para te dar Um pouco do céu, um pouco do sonho, um pouco de paz Sem outra razão já valia a pena!