Olhos delatados, boca seca, calafrios
Queixo tremulando, e no color sentindo frio
Visão turva, cefaleia, ossos frágeis, muita dor
Não é doença, nem história, é a fome que estou
Muito gado, muito trigo, muita pesca, muitos grãos
A ganância dos humanos dilaceram a razão
Vidas são ceifadas, ma**acradas por não ter
O valor monetário obrigatório pra comer
A fome tem pressa, consome e destrói
Os silos estocam crueldade e cifrões
Multinacionais e governos tiranos
Fazem da fome um jogo insano