I-MANIFESTO Eu já o vi, tu já o viste, nós já o vimos Ao lado do reverendo nas missas aos domingos Ele pede-te p’ra ajoelhares com o dÃzimo Fazendo-te humilhares anuindo que és um Ãnfimo Faz de ti um pioneiro de primeira Mergulhado… nas suas mentiras verdadeiras Porque ele avalia o teu valor como pessoa Em função… de certificados e diplomas Ele é a força que gere o eixo do mal Subjacente no vértice do pico piramidal Tu comes o que ele vomita quando vais p´ra escola No final… julga-te intelectual Ele armou a teia que chamas de sociedade Onde tu estás encarcerado desde a tenra idade Ele construiu o seu império de desordem E tu és a pedra angular da sua nova ordem Nada fazes… quando rogas para aos céus Porque foi ele que vendeu-te o conceito de um deus Convertendo-te num ser binário limitado Capaz de exercer a crença num Deus importado A tua jornada laboral é um eufemismo para escravidão Mas tu pensas que não Pois ele… põe-te cego nos astrais da ilusão Onde tu és tão livres como um animal de estimação II-MANIFESTO Ele está ao teu lado sempre metendo a isca Como códigos e instruções que segues à risca Tu não precisas usar óculos, p´ra o veres Ele está no código de barras de tudo o que ingeres Ele vive camuflado no teu cerebral Como o rosto do demônio na moeda nacional Nunca tentes fugir dele… será o cúmulo Porque ele… acompanha-te do berço ao túmulo Ele coloca os polÃticos em disputas Depois transforma os mesmos em prostitutas Como os padres que ajoelham no santuário Depois de blasfemarem o cordeiro no calvário Entretém-te no cerco dos prazeres imediatos Fazendo-te crer que o que eu digo são meros boatos Dando-te suportes p´ra vazio que ele gera Deveras… Nas tuas veredas ele impera Faz com que não te apercebas que tens um preço Mas volta e meia compra-te a alma pelo excesso Com fantasias de dólares, euros e kwanzas Ele excita… os sonhos latentes que inalas Ele faz com que violes as tuas origens Tal como os padres a molestarem crianças virgens Tem cuidado… pois ele estará a espreita Até que o carregares consigo na mão direita CORO: Será que focas aquilo que eu foco Ou simplesmente chama-me louco Porque ao contrário de ti eu não me rogo Uma vÃtima legÃtima do sistema em foco CORO: Ele está aqui, vês?… Ele está ali, vês?… Ele está aqui, vês?… Não tentes fugir porque ele está em ti