Ace (Mind da Gap) - Tempos de Miúdo lyrics

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Ace (Mind da Gap) - Tempos de Miúdo lyrics

São tudo memórias… Guardamos histórias … [Verse 1: Fuse] Sintoniza a nostalgia, cla**e de 76 A vida gira, ao som do gira-discos saía magia O verão era mais quente, 3 meses de inferno No meu tempo, as poças de água congelavam no Inverno A pobreza na infância pa**a ao lado Não havia internet, havia a rua, o facebook era humano Não esqueço o paladar do meu primeiro beijo O meu primeiro peido em grupo, todos a grizar com o cheiro Em putos construíamos cabanas com entulho Imaginação e sonho no seu estado mais puro O S. João no bairro, brincadeiras perigosas Ia à guna no eléctrico para a praia de Matosas Bmx, primeiro grande terno, grande queda Conhecer a música foi fácil, ela estava à minha espera Escorregava monte abaixo, sentado em papelão Velha escola, a nova escola, como o fizz de limão [Verse 2: Maze] Sim, eu quero reviver os bons momentos Sentir o calor na pele dos dias solarengos Entrar na máquina e regressar no tempo Correr pelo recreio ao sabor do vento Sim, mantenho viva a criança em mim Com estas memórias todas que não têm fim Enquanto o vinil não pára no gira-discos Quem me dera ter feito nalguns menos riscos Sim, horas a fio a jogar com o meu primo Risk ou monopólio enquanto afino O leitor ZX sprectrum 48K Logo pedalo na Bmx mais uma etapa Sim, os olhos brilham como berlindes Sorriso nos lábios porque a vida é simples Dizia muitas vezes que não queria ser adulto Acho que decidi que iria pra sempre ser puto (Agora) São tudo memórias, de tempos que não voltam mais Guardamos histórias que nos esquecemos jamais É tudo pa**ado, aquilo que fomos Mas se não sabes de onde vens, não sabes pra onde vais [Verse 3: Mundo Segundo] Cresci algures entre uma cave num ilha e uma casa térrea Entre a névoa colori túneis, pa**eios na linha férrea No meu lar doce lar, a incrível Serra do Pilar Subo e volto de novo ao mosteiro, pra me poder inspirar Era um puto com um sonho, mas hoje sonho em ser um puto E voltar atrás no tempo, não ter de conhecer o luto Voltar às rondas de escondas naquela rua de trás E girar com os medalhões com grandes símbolos da paz Campeonatos de futebol? Nós ditávamos as regras Queimados pelo sol no velho campo do Bairro das Pedras Descíamos telhados, tal e qual ninjas na película Pra roubar castanhas nas traseiras da Real Vinícola Bandidos especialistas no a**alto à fruta A ver se resulta, fazíamos de conta que não tínhamos culpa Fizemos bestas de cruzetas, carrinhos de rolamento Ski na rua em persiana, maluqueiras doutros tempos [Verse 4: Expeão] Eu quero ver-te feliz, como no dia em que me deste à luz Memórias de criança, doces lembranças, enquanto carrego a minha cruz Tudo aquilo que eu te fiz pa**ar Eu sei, mãe continuo-te a amar Tanta luta, tanta pressão Pra ser alguém na vida e dar a lição És um exemplo para mim de força e amor sem fim Dias a fio, nem tinhas sossego Nem dormias com dois empregos Fizeste tudo por mim, não me esqueci És das pessoas mais fortes que eu conheci Sim estou a falar para ti… Mãe (Agora) São tudo memórias, de tempos que não voltam mais Guardamos histórias que nos esquecemos jamais É tudo pa**ado, aquilo que fomos Mas se não sabes de onde vens, não sabes pra onde vais

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