[Verso 1: LK] Ainda me lembro era manhã de domingo Deitado na sala, o sol na minha cara eu ainda tentando dormir Às 9 no Andaraí, ah, as costas já doem no sofá Mas e daí? Também tá bom Olho pra cima mas nunca me desespero Eu sei, vai melhorar Se a vida for da maneira que eu espero Não só me convenci, já convenci o bondão Na mesma barca visando mais de um milagre e um vidão Vejo o horizonte do barraco do irmão Embaralhando na mente o funk e os latido do cão Sei que é uma vida de cão, mas não se envolve meu primo Espanco no rap, já meto na rádio a boa e tá lindo Até parece, já dizia o amigo Que há 4 anos no funk já tava desiludindo Mas mesmo a**im não acreditava naquilo que ele falava Pra mim era isso ou nada sem outra opção Depois de algum tempo na estrada Um foi parar lá na gringa e na vida desesperada e o outro na prisão Mas ta tranquilo meu mano É o tempo daquele sonho vingar e toda palavra jogada emergir Se eu tenho fé na caminhada tu tem parte na parada Ta quase tudo no esquema mete o pé daí [Verso 2: Rod] Parece que era ontem, fazia rima como se elas fossem Mudar minha vida e onde ela me trouxe Noite no morro era baile de quadra Subindo escada era tarde, eu e o bonde relíquia do Andara Com pouco tempo pra zuar mas quando dava era certo o rolé Fazer fumaça admirando de perto as mulher Sensação de liberdade é só lazer Salve meu mano Palermo não temo tempo a perder Lembro do gosto da cerva, lembro o churrasco na laje É um tempo bom que não volta, pelada, bola na trave Sempre esperando o melhor com a mente receptiva Numa terra sem lei quem é que faz a justiça, doutor? Pelas vielas o sol torrando a cabeça Os magrin portando ferro que te estoura a cabeça É foda, eu vi o mano entrar pro crime sem outra opção Babilônia te põe medo e tu perde a razão Eles visam a grana na mão, largaram o sonho do funk No corre e as grama na mão, é foda mexer com esses bang Rodou fazendo a missão, ninguém merece três anos Sem ver a mãe na prisão, ligou pa**ando a visão Achou que tava no inferno mas viu que era pior Seu coração tá na sola vai aprender a viver só Nós somos o mesmo de sempre, mesma cidade Esperando a sua liberdade [Outro: Bruno Chelles] Sou carne, sou alma, eu sou favela Não guardo indícios da minha dor Não julgue meu morro, minha área pela janela Não atira não, doutor, que eu sou trabalhador